Morre aos 82 anos de idade o músico Lloyd Charmers


Antes que 2012 acabasse, tinha que ter uma notícia ruim.

Morreu na noite desta quinta-feira, 28/12, aos 82 anos, Lloyd Charmers.
O músico, que fez parte de grupos como Uniques ao lado de Slim Smith, sofreu uma parada cardíaca.

From Jamaican Observer > http://www.jamaicaobserver.com/latestnews/Musician-Lloyd-Charmers-is-dead


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Musician Lloyd Charmers is dead

Thursday, December 27, 2012 | 7:55 PM

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KINGSTON, Jamaica - Lloyd Charmers, the arranger/musician/producer who played a key role in the early years of reggae, is dead.
Charmers died after suffering a massive heart attack in London, his close friend Winston Blake told the Observer Thursday afternoon.

The versatile Charmers was a member of the Uniques, a vocal group that included lead singer Keith 'Slim' Smith.
They had several hit songs including Let Me Go Girl, produced by Bunny Lee. Charmers also provided backing vocals on many early reggae hits such as Winston 'Niney' Holness' Blood and Fire which made the British national chart in 1971.
His greatest success as a producer came in 1975 with Ken Boothe's Everything I Own, which topped the British national chart.
- Howard Campbell

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You&Me Presents: Baba Brooks and his Band


Esse álbum tem um significado especial! Se a indústria musical peca em não lançar trabalho próprio de vários artistas, aqui estamos!

O mais legal é que ele tomou proporções gigantescas sendo encarado em muitos lugares como referência e álbum oficial.


E olha que enão estamos falando em nenhum desconhecido. Oswald Baba Brooks , também conhecido como Baba Leslie ou Oswald Brooks, começou sua carreira musical como trompetista da Orquestra de Eric Dean na Jamaica nos anos 50. A banda tinha a maior parte do repertório composto de folk, afro e jazz, tocavam em clubes, grandes hotéis e algumas vezes na radio local. Era uma cena legal no começo, mas com o tempo começou morrer com o fim dos anos 50.

Os membros da banda começaram a migrar para os estúdios de gravação em Kingston, que estava começando a se formar com o advento dos Sound Systems. Os discos que eram produzidos mantiveram os músicos bem empregados, maior parte das bandas começou a morrer, já que era mais fácil tocar um disco gravado a pagar uma banda inteira para tocar, ainda mais porque eles sempre faziam uma pausa para os comes e bebes e isso custava muito dinheiro, como disse o produtor Bunny Lee.

Diante desse cenário só algumas bandas conseguiram ir adiante dos anos 60. Uma delas foi a de Byron Lee & The Dragonaires, virando a banda número um das Ilhas e estabelecendo muitos músicos talentosos, incluindo Baba Brooks. Logo ele se tornou um músico popular, trabalhando para vários produtores e estrelando muitas das grandes trilhas de Ska durante o período de ouro de 1963 a 1967. Ele estava no topo em 63 com três hits na Jamaica, Musical Communion, Bank to Bank e sua versão de Watermelon Man. Isto foi um ano antes do Skatalites estar formado como banda, com a qual ele tocou em muitas ocasiões e podem ser encontradas nessa coletânea.

Com Duke Reid ele teve muitos discos lançados no seu selo Treasure Isle. Ele tinha o hábito de começar um som falando o nome da música, como em Seven Guns Alive, Girls Town Ska e Guns Fever.
A maior parte do instrumental era escrito por ele mesmo ou em parceria com outros músicos como Don Drummond.

Durante a era de ouro do Ska, ele tocou ao lado de todos os grandes músicos, Roland Alphonso, Don Drummond, Tommy McCook, Lester Sterling, Johnny Moore, Gladstone Anderson e Jackie Mittoo. Mas parece muito estranho que ele não tenha gravado para C.S. Dodd ou nenhum disco lançado pela Studio One. Ele não tem mais álbuns lançados depois de 1969.

Com Lindon Pottinger ele teve meia dúzia de lançamentos no selo LOP (alguns não lançados no Reino Unido). Mais tarde ele arrumou sessões para sua esposa Sonia Pottinger e seus selos Gayfeet e High Note.

Ele se achou trabalhando em ambientes familiares quando eram tocados no selo de Duke, a Treasure Isle, na Bond Street. Um de seus melhores instrumentais foi First Session, lançado pela GayFeet em 1966. Ele só teve mais um hit com This is Thunder em 66 também. Outros produtores para quem trabalhou foi King Edwards, o qual produziu Shank I Sheck.

Apesar de todo esse brilhante histórico, Baba Brooks nunca teve um álbum lançado em seu direito, no entanto, ele apareceu em vários discos como dueto, o mais notável foi com Prince Buster em What A Hard Man Fe Dead. Até agora ele não teve seu próprio CD lançado, mesmo com a riqueza de bons materiais que encheriam diversos CDs.

Já que ninguém nunca fez ma compilação. Nós o fizemos...

1 -01 - Magnificent ska (feat. Lyn Taitt)
1 -02 - Jam Session
1 -03 - Portrait of My Love
1 -04 - Independence ska
1 -05 - Melody jamboree (With Don Drummond)
1 -06 - I want my cock (owen, leon silvera)
1 -07 - First session
1 -08 - Faberge
1 -09 - Musical communion (With Skatalites)
1 -10 - Don't leave me (With The Techniques)
1 -11 - Dr.decker (With Don Drummond)
1 -12 - Night Food (With Drumbago)
1 -13 - Hooligans (With Count Lasher and lyn taitt)
1 -14 - Samson (With Eric Morrys)
1 -15 - Yea yea yea baby (feat. Stranger & Patsy)
1 -16 - Bus Strike (Baba Brooks)
1 -17 - Contact (Roy Richards)
1 -18 - Jelly water
1 -19 - Jordan River (With Justin Hinds)
1 -20 - Watermelon man
1 -21 - Bank to Bank Part1
1 -22 - Musical Workshop
1 -23 - Boat Ride (With Skatalites)
1 -24 - Alcatraz
1 -25 - Girl's town ska
1 -26 - King size


Disk 2
2 -01 - Toast To James Bond
2 -02 - Guns fever
2 -03 - Telling Lies (With The Techniques)
2 -04 - Off Track
2 -05 - Run Joe (With Stranger Cole, The Techniques)
2 -06 - Red gal ring (With hayward brice)
2 -07 - Blues
2 -08 - Open the door
2 -09 - Cocktails for two
2 -10 - The clock
2 -11 - Dreadnaught (With Roland Alphonso)
2 -12 - Shank is sheck
2 -13 - Bank To Bank, Pt. 2
2 -14 - Collie foot
2 -15 - Vitamin A
2 -16 - Dr No
2 -17 - Mattie Ra
2 -18 - The scratch
2 -19 - Untitled
2 -20 - Shock resistant
2 -21 - Murfridite (With Count Lasher)
2 -22 - In the park (With Count Alert & Lynn Taitt)
2 -23 - Country town
2 -24 - Twilight zone
2 -25 - One eyed giant
2 -26 - Seven guns alive

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You&Me Presents - Herman Chin Loy (Western Chinese Reggay)



Maestro do reggay, o chinês Herman Chin Loy é da safra dos maiores produtores desse período do final dos 60 e começo dos 70 [golden era]. Assim como seu primo Leslie Kong, os dois são descendentes de chineses nascidos na Jamaica.

Herman começou a trabalhar na loja Aquarius Records de seu irmão Lloyd A. Chin Loy em 1969 em Half Way Tree, bairro que nós da You&Me ficamos quando fomos para Kingston.

Não demorou muito e com o fechamento da loja Herman mergulhou fundo nas produções. Além do estúdio Aquarius ele também utilizava o Randy’s para gravar suas próprias músicas que eram na maioria das vezes instrumentais. Foi Herman Chin Loy que descobriu o talento de um garoto chamado Horace Swaby que tocava escaleta e piano e depois de algum tempo adotou o nome de Augustus Pablo.

De 1971 a 73 Chin Loy gravou inúmeras músicas com Pablo, que depois de alguns anos viraram o álbum The Red Sea. Nesse período ele também gravou o álbum Aquarius Dub, reconhecido como um dos primeiros LPs de dub da história.

Herman se inspirava em trilhas sonoras de western all’italiana [spaghettis], filmes de velho oeste violentos da metade dos anos 60 dirigidos por italianos, que eram adorados pelos jamaicanos.

A febre de westerns italianos foi tão grande na Jamaica que deu origem a uma geração de muleques deejays e cantores com estilo BADMAN de ser. Lee Van Cleef, Trinity, Clint Eastwood e vários outros roubaram seus nomes artísticos de atores e personagens desses filmes, até mesmo o deejay cria de Dennis Alcapone, Mexicano.

Não foi só Chin Loy que bebeu dessa fonte italiana. Lee Perry também se inspirou muito no início de sua carreira como produtor. Junto de sua fina orquestra de estúdio, os Upsetters, ele fez a sua saga inspirada nos clássicos de Sergio Leone, criador da maior trilogia de filmes de velho oeste da história conhecida como Três Homens em Conflito [A Fistful of Dollars (1964), For a Few Dollars More (1965) e The Good, the Bad and the Ugly (1966)] estrelados por Clint Eastwood [bom], Eli Wallach [mal] e Lee Van Cleef [feio]

A versão de Lee Perry durou mais que três episódios. Os clássicos álbuns de skinhead reggay The Upsetter, Return of Django, Clint Eastwood, Scratch the Upsetter Again, The Good, the Bad and the Upsetters e Eastwood Rides Again foram todos concebidos em 1969-70, auge da paixão de Lee Perry pelo velho oeste e toda essa cultura.

Além dos vilões e dos pistoleiros mais sangue no olho, o que inspirava muito os produtores jamaicanos a fazer esse tipo de experimentação com o reggay era a genial trilha sonora que estes filmes tinham. Maestros como o mundialmente conhecido Ennio Morricone [boss] e outros não tão famosos mas de extrema excelência como: Piero Piccioni, Luis Bacalov, Bruno Nicolai, Francesco De Masi e tantos outros gênios da música italiana, foram responsáveis por dar mais vida para aqueles filmes, e assim foram lançados para o mundo através do glorioso cinema italiano nos anos 60.

A faixa número 10 Sabata é referência direta a fonte de inspiração do produtor chinês. Um dos mais clássicos westerns italianos, Sabata é o nome do personagem de Lee Van Cleef no filme de Gianfranco Parolini. A version ganhou o nome de outro filme da série, Return Of Sabata. Na direção do microfone ninguém menos do que um dos mais malvados deejays jamaicanos, Dennis Alcapone [zica].

Outro diretor dessa fase do cinema italiano que fazia sucesso era Sergio Corbucci, que fazia os westerns mais violentos e sangrentos que todos os outros diretores, por isso era um dos preferidos dos jamaicanos, um filme dele de muito sucesso que ganhou várias músicas na ilha foi Django, estrelado por Franco Nero, ídolo de Count Machukie.

As produções de Herman Chin Loy são extremamente trabalhadas com influências que vão da western music até o funk. A banda é formada por grandes músicos da época, no piano ninguém menos que Lloyd Charmers, Glen Adams e Tyrone Downey (Organ D.) e Robbie Lynn. A cozinha era composta por Sly e Robbie com participações de Family Man e Val Douglas, outro Upsetter que participava das gravações era o guitarrista Alva Lewis. Na direção dos metais Tommy McCook acompanhado de Vin Gordon no trombone e Bobby Ellis no trompete, e na melodica, claro, Augustus Pablo.

Pra quem gosta de música instrumental é mais do que um prato cheio, é a mesa inteira mais a sobremesa de larica! Degustem sem moderação das produções desse maestro meio chinês, meio jamaicano! Ehi amico.. c’è Sabata, hai chiuso!!


01 - Sounds Unlimited - Funky Aquarius (Aquarius Horns)
02 - Herman Chin Loy - Invasion
03 - Lloyd Charmers & The Hippy Boys - African Zulu
04 - Sounds Unlimited - Road Runner
05 - Herman Chin Loy - Oily
06 - Charlie Boy - Funky Strip
07 - Augustus Pablo - Reggae In The Fields
08 - Lloyd Charmers & The Hippy Boys - Shang Hai
09 - Augustus Pablo - Snowball and Pudding
10 - Herman Chin Loy - Sabata
11 - Dennis Alcapone - Return of Sabata
12 - Augustus Pablo - The Red Sea
13 - Herman Chin Loy - Darker Shade Of Red
14 - Augustus Pablo - East of the River Nile
15 - Herman Chin Loy - Middle East Skank
16 - Herman Chin Loy - Heavy Duty
17 - Herman Chin Loy - Jungle Rock
18 - Herman & The Aquarians - Dunce Cap
19 - Herman Chin Loy - Youth Man
20 - Herman Chin Loy & Dennis Brown - Rest Your Self

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You & Me Presents- Rocksteady Suffering



Sofrimento, dor e agonia!. Não Haveria nome mais apropriado para essa coletânea.

Dentre os ritmo jamaicanos, o Rocksteady é o mais romântico. Ao mesmo tempo em que também é o mais  violento, já que teve como origem o temperamento dos Rude Boys.

O rocksteady também é o que tem a batida mais marcante. Dura como pedra e, ao mesmo tempo, suave em suas melodias. Seu nome vem justamente dessa batida compassada, com a caixa da bateria sempre marcando o tempo. Enquanto isso o baixo desfila suas notas harmoniosas junto com as puxadinhas da guitarra, que diferem muito do reggae, pois não tem a volta da palhetada, o que os jamaicano costumam chamam chamar de "Shuffle". A palheta segue apenas uma vez......Complicado?

Melhor do que ficar falando, é vocês conferirem essa compilação de 27 Rocksteadys para tirar, ou deixar qualquer um na fossa.


01 - Gaylads - I Need Your Loving
02 - Uniques - Youll Lose a Precious Love
03 - Clarendonians - Lonely Heartaches
04 - Higgs & Wilson - Hurt My Soul
05 - Yardbrooms - If You See Jane
06 - Uniques - A-Yuh (Hey You)
07 - Sealmakers - Pretty Face Girl
08 - Inventors - Food of love
09 - The Gayletts - Silent River (Runs Deep)
10 - Ken Parker - How Could I
11 - Paragons - My Best Girl
12 - Uniques - Lessons of Love
13 - Derrick Harriot - No Man Is An Island
14 - Ken Parker - Search is Over
15 - Dave Barker - My Best Girl
16 - Tennors - Weather Report
17 - Jamaicans - Dedicated My Song To You
18 - Black Brothers - Give Me Loving
19 - Derrick Morgan - Prisoner in Love
20 - Pauline Black & Derrick Morgan - Give Me a Chance
21 - Ken Parker - Somebody to Love
22 -Austin Faithful - Cry No More for Me
23 - Eric & the Loveletts - I've Been Searching
24 - Sensations - Lonely Lover
25 - Termites - I Made Mistake
26 - Gladiators - So Fine (BONUS TRACK)

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A You&Me Tribute to Alton Ellis (Reload)


Essa coletânea foi originalmente lançada em 11 de outubro de 2008, um dia após a morte de Alton Ellis por complicações de um câncer. Hoje, quatro anos depois, não vamos cometer a gafe de comemorar esse infeliz aniversário. Vamos apenas prestar um tributo em uma nova roupagem. Incluímos alguns sons a mais que não estavam na anterior.

A ideia do primeiro volume é de mostrar o quanto a voz do Mr. Rocksteady influenciou artistas como Gregory Isaacs, Dennis Brown, Errol Dunkley, Ken Parker, Johnny Clarke, Winston Francis, Delroy Wilson, Ken Booth e Jacob Miller. Eles, e outros, interpretam nessa coletânea alguns dos sons imortalizados na voz de Alton Ellis.

Já no segundo álbum, fica claro a capacidade de improvisação e a criatividade dos jamaicanos em criar versões em Dub, toasters e instrumentais. É o caso dos teclados de de Jackie Mitto, como Brentford Road All Stars, na música  "Can I Change My Mind" e do saxofone de Carl Bryan na "Sunday Version".

Os Deejay com suas versões Scorchers também não poderiam ficar de fora. Count Machukie, U-Roy, Dennis Al Capone e o contemporâneo Dona-V estilizam alguns dos clássicos de Ellis como, Pearl, Girl I've got a Date, Cry Tough, ain't That Loving you e Big Bad Boy.


DISK1

1 - 01 Bitty Mclean - Walk Away From Love
1 - 02 Marcia Aitken - I'm Still In Love
1 - 03 Ken Parker with Jah Lerry - I'm Just a Guy
1 - 04 Al Campbell - Ain't That Loving You
1 - 05 Ken Boothe - Ain't That Loving You
1 - 06 Errol Dunkley - (Oowee) baby i love you
1 - 07 Gregory Isaacs - Breaking Up
1 - 08 Barrington Levy - You've Made me Very Happy
1 - 09 Gregory Isaacs - Tumbling Tears
1 - 10 Delroy Wilson - Live And Learn
1 - 11 Dennis Brown - Ain't That Loving You
1 - 12 Winston Francis - What Does It Take
1 - 13 Sugar Minott - Vanity - Sugar Minott
1 - 14 Gregory Isaacs - Willow Tree
1 - 15 Jacob Miller - I'm just a dread
1 - 16 Winston Francis - La La Means I Love Yo
1 - 17 Delroy Wilson - Breaking Up
1 - 18 Byron Lee & The Dragonaires - Can I Change My Mind
1 - 19 Cornel Campbell - Duke Of Earl
1 - 20 Barbara Jones - Ooh Wee Baby
1 - 21 Hortense Ellis - My Willow Tree
1 - 22 Slim Smith - Sitting In The Park
1 - 23 Earth & Stone & Philip Fraser - Willow Tree
1 - 24 Dona-v -  Breaking Up
1 - 25 Dennis Brown - Girl I've Got a Date
1 - 26 Cornell Campbell - Why Birds Follow Spring
1 - 27 Earth & Stone & Philip Frase - Dance Crasher
1 - 28 Errol Dunkley - Why Birds Follow Spring
1 - 29 King Sporty - Girl I've Got A Date
1 - 30 Byron Lee & The Dragonaires - Girl i've Got a Date
1 - 31 Earth & Stone & Philip Fraser - Back To Africa
1 - 32 Hortence Ellis - Aint that Loving You
1 - 33 Johnny Clarke - Cry Tough
1 - 34 Hortense Ellis - I'm Still in Love


DISK 2

2 - 01 Peter Tosh - Whistling Jane
2 - 02 Augustus Pablo - Too Late
2 - 03 - Brentford Road All Stars-Can I Change My Mind
2 - 04 Johnny Moore - Tribute to Sir Alex
2 - 05 Count Machuki - Call 1143
2 - 06 Winston Wright - Top Secret
2 - 07 - Tyron Downie - Black Man's Wor
2 - 08 - The Aggrovators - Aint That Loving You
2 - 09 - The Aggrovators - I'm Still In Love With You
2 - 10 - Sly & The Revolutionaries - Exodus 1-9
2 - 11 - Roland Alphonso - Sound Beam
2 - 12 - The Supersonics -  Dub I Love
2 - 13 - U Roy - Ain't That Loving You
2 - 14 - Dennis AlCapone - Big Bad Boy Version
2 - 15 - Soul Vendors - Live And Learn Version
2 - 16 - Herman - Aquarius Dub
2 - 17 - The supersonics -  Willow Tree Dub
2 - 18 - The Soul Vendors & Alton Ellis - A Fool

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You&Me Presents - Lloyd & Glenn - Soulful Rocksteady Duo



Y&M apresenta Lloyd & Glen, dois nomes que de cara podem não representar muito, mas espere até ouvir os meninos! Lloyd Robinson ficou conhecido por ser o cantor de Cuss Cuss, um dos riddims mais regravados na era do Dancehall 80s, produção de Harry J.

Porém Lloyd Robinson não teve o sucesso que merecia. Sua voz inspirada nos cantores de Soul americanos possui um toque tão doce que as vezes parece ser um menino de quinze anos cantando, mas isso só acontece quando os temas são rocksteadys dedicados as garotas, claro. Quando precisa ser malvado Lloyd sabe como ninguém mandar o aviso aos rudeboys troublemakers!

Assim como na letra de Cuss Cuss, (em patois significa briga com xingamentos) que fala de toda tensão que assombrava as ruas de Kingston, No More Trouble retrata bem o que estava acontecendo na cidade. Uma onda de crimes causados por jovens que não achavam saída, a não ser realizando assaltos a mão armada. Muitos cantores dessa época se destinaram a fazer músicas pedindo para esses garotos desistirem do crime, querendo alertar que essa não era a melhor maneira de fugir do sofrimento causado pela pobreza. E foi essa dupla, Lloyd & Glen, que criou alguns dos mais lindos tunes nesse sentido. Rudies Give Up e No More Trouble estão na lista dos maiores rocksteadys destinados aos rudies, verdadeiros hinos. Essas duas faixas retratam o cenário social que a Jamaica passava no final dos anos sessenta, e nada melhor do que a música para expressar essa revolta.

Glen Brown, assim como Lloyd, também começou na década de 60 cantando ska e depois na era do rocksteady formou diversas duplas com cantores importantes desse gênero como: Hopeton Lewis e Dave Barker (Techniques). Mas foi ao lado de Lloyd Robinson que os dois conseguiram desenvolver seus melhores trabalhos. Os dois juntos tinham uma química de duplas de soul como Sam & Dave ou Eddie & Ernie, mas gravando um ritmo chamado rocksteady numa ilhota no meio do Caribe. Toda esse inspiração do Soul que os dois tinham foi canalizada em algumas gravações que não tiveram como fugir do beat americano, em I’m A Successful Man eles esbanjam a sutileza de suas vozes, ao contrário de Mini-Skirt and Go Go Boots, onde o duo mostra toda a potência vocal numa produção de Clive Chin (Randys) quase Northern Soul acompanhados pela banda The Comets e maestrados por ninguém menos que Lyn Taitt.

No fim dos anos 60 os dois se separaram, não sei por qual motivo. Glen Brown começou a produzir no início da década seguinte e encontrou sua verdadeira vocação, era muito mais interessante do que ser segunda voz dos outros, ele produziu grandes artistas como Gregory Isaacs, U Roy, Johnny Clarke, além de ter se arriscado em algumas gravações tocando escaleta.

Lloyd Robinson gravou poucas músicas sozinho e depois desapareceu. É daqueles cantores que desistiram da profissão por algum motivo, seja pela má-fé de alguns produtores ou até mesmo por causa de problemas com garotas. A última faixa dessa compilação é a Cuss Cuss original, de 1968, lançada pelo selo Duke e produzida por Harry J.

Não se trata de rocksteady mesmo sendo de 1968, nem de um early reggae. Cuss Cuss é daquelas músicas que ultrapassaram as barreiras dos gêneros. A agressiva linha de baixo acompanha os tambores nyah’s que não param durante a faixa inteira junto com a bateria e a guitarra tocando de maneira muito rápida para aquele ano. Somados a isso a voz soulful de Lloyd Robinson cantando “Get out of my life with the fussing and fighting.. I don’t want it!” BOOM! Os zicas chegaram!

01 - Lloyd & Glen - Rudies Give Up
02 - Lloyd Robinson - No More Trouble
03 - Lloyd & Glen - Keep On Pushing
04 - Lloyd & Glen - That Girl
05 - Lloyd & Glen - You Got Me Going
06 - Lloyd & Glen - Girl You’re Cold
07 - Lloyd & Glen - I’m A Successful Man
08 - Lloyd & Glen - Mini-Skirt And Go Go Boots
09 - Lloyd Robinson - Give Me A Chance
10 - Lloyd & Glen - Too Late
11 - Lloyd & Glen - Live & Let Others Live
12 - Lloyd & Glen - Feel Good Now
13 - Lloyd & Glen - You Won’t Regret It
14 - Lloyd & Glen - Big Too Quick
15 - Lloyd & Glen - I’ll Give You Love
16 - Glen Brown - Ska Diap
17 - Glen Brown - Who La La
18 - Lloyd Robinson - I Can’t Forget
19 - Glen Brown - Love I
20 - Lloyd Robinson - Cuss Cuss

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Phyllis Dillon - One Life To Live [196x]



Foram Duke Reid e o guitarrista Lynn Taitt que descobriram Phyllis Dillon quando viram uma apresentação da cantora em um clube de Kingston.

Duke Reid tratou de leva-la ao estúdio e lapidar o talento. Dillon tinha apenas 19 anos quando fez sua primeira gravação, a música "Don’t Stay Away", em 1967, quando o rocksteady estava no auge.

No final do daquele ano, mudou-se para Nova York, onde viveria pelos próximos cinco uma vida dupla. Mantendo uma família e uma e carreira nos Estados Unidos, Phyllis Dillon voava constantemente para a Jamaica, onde continuava gravando para Duke Reid.

Após seguidos lançamentos de singles, que resultaram nesse álbum, Phyllis Dillon abandonou a musica e saiu definitivamente da Jamaica em 1974. Ela cansou da forma como as mulheres artistas eram tratadas e para dar uma virada em sua carreira, que encontrava-se estagnada.

Phyllis prometeu a si mesma não voltar a cantar, mas depois de muita insistência, em 1991 foi convencida a retornar à Jamaica para fazer uma apresentação no show ‘Get Ready Rocksteady’, no National Arena.

Após 17 anos longe dos palcos, Phyllis pareceu retomar o gosto pela música e no ano seguinte fez apresentações na Inglaterra, Alemanha e Japão. Voltou a gravar em estúdio ao lado de Lynn Taitt, motivada pela onde de Ska que surgiu nos EUA na década de 90, no qual surgiram diversos grupos do gênero.

Phyllis Dillon morreu em Abril de 2004 em Nova York, aos 56 anos, depois de uma luta de 2 anos contra o câncer.

Com vocês, uma das vozes mais doces da Jamaica.

01 Eddie Oh Baby
02 You're Like Heaven To Me
03 We Belong Together
04 Nice Time
05 Something
06 Picture On The Wall
07 I Can't Forget About You Baby
08 Close To You
09 The Love That A Woman Should Give A Man
10 Woman Ghetto
11 Right track
12 Love The One You're With
13 Boys And Girls Reggae
14 I Wear His Ring
15 Why Did You Leave (w_ Alton Ellis)
16 A Lovely Way To Spend An Evening

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Lyn Taitt & The Jets - Glad Sounds [1968]



Álbum raro, lançado em 68 pela Big Shot, com versões Instrumentais fantásticas.

Logo de cara,  uma adaptação do belíssimo rocksteady ABC, do grupo Gaylads com o toque especial das palhetadas tão peculiares de Lynn Taitt acompanhadas pelos dedilhados de Gladstone Anderson.

Não é por acaso que esses dois músicos são os astros do álbum. Ambos foram fundamentais para a identidade do rocksteady. Foram eles que desenvolveram as primeiras características do gênero. Gladstone Anderson, ao lado de Lynn, fazia parte do grupo Lynn Taitt & The Jets. Juntos, eles foram responsáveis por grande parte dos instrumentais da era. Para se ter uma ideia, só Lyn Taitt já fez o arranjo e gravou quase duas mil músicas na Jamaica. Já Gladstone Anderson é considerado a pessoa que batizou o ritmo.

Conhecido por todos como "Gladdy", Gladstone Anderson passou pelos mais importantes grupos de apoio dos principais produtores e estúdios na Jamaica. Sob produção de Coxsone Dodd, foi integrante de uma das formações do Skatalites. Com Harry Mudie, Gladdy liderou o grupo Gladdy's All Star. Você pode não lembrar de muitas músicas deles. Isso porque mudavam de nome conforme os produtores com quem gravavam. A lista é grande e conta com Aggrovators (Bunny Lee), Rupie's All Stars (Rupie Edwards), The Crystallites (Derrick Harriott), and The Dynamites (Clancy Eccles) e até mesmo pelo Upsetters (Lee Perry).

O pianista não ficou restrito apenas ao instrumento que o fez famoso. Ele também se aventurou como cantor. Ao lado de Stranger cole lançou sucessos como "Just Like a River" and "Seeing is Knowing. Seu álbum solo de estréia, It May Sound Silly, de 1972 (postado aqui na You&Me) foi um sucesso na Jamaica e se tornou um dos álbuns mais vendidos na época.

Sobre Lynn Taitt, temos um podcast especial sobre o assunto, feito logo após a morte do guitarrista em 2009.
Podcast Lynn Taitt


A.B.C. Rock Steady
Chances
If I Only Had Time
Intensified '68
Love Me Forever
Once Upon A Time
Raimbow Valley
Ride Mi Donkey
Starlight
Words

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Lennie Hibbert - More Creation


Muitos amantes da música da ilha nem ao menos ouviram falar da existência de Lennie Hibbertt, assim como seu instrumento, o vibrafone, pouco utilizado no reggae.

Uma das caracteristica da música jamaicana, principalmente no começo, foi o seu caráter instrumental. Desde flautas , usadas em Dulcimania dos Dynamites , passando por elementos orientais como em Always Together de Stephen Cheng. Violinos também deram o tom em diversas músicas na fase Club Reggae. Tudo isso sem falar em artefatos de percussão como reco recos e outros herdados da música caribenha e que foram usados em ritmos "agressivos" e pesados como o Skinhead Reggae.

Nesse grupo de instrumentos peculiares está o vibrafone. Apesar de ser um instrumento usado e abusado em ritmos caribenhos como o Mento e o Calypso, ele nunca havia sido usado no reggaeaté que Lennir Hibbert o fez.


Leonard Aloysius Hibbert foi mais uma das feras descoberta pela Alpha Boys School, lendária escola de órfãos na jamaica que revelou os maiores artistas da ilha como Don Drummond, Rico Rodriguez, Jackie Mittoo entre outros.

Não se sabe ao certo quando ele foi abandonado, mas foi parar no orfanato já aos oito anos de idade. Sua paixão inicial era a bateria, primeiro instrumento que aprendeu a tocar por lá.

Deixou a escola em 1944 e tocou em pequenas orquestras até entrar em uma banda militar, em 1946. Foi durante essa época que ele aprendeu sozinho a tocar o peculiar instrumento.

Sua principal influência foi Johnny Lyttle, um dos grandes mestres do vibrafone nos EUA. Foi ele quem despertou em Lennie Hibbert uma paixão pelo instrumento.

Como um bom garoto, mais tarde retornou a Alpha Boy’s, mas no cargo de professor.

Apesar de ser chamado de reggae, suas músicas tem uma peculiaridade especial que vão do Soul ao blues deixando um rastro caribenho devido à utilização do vibrafone.

Lennie Hibbert é obrigatório para quem gosta de música jamaicana. Faz parte daqueles artistas esquecidos que mudaram a ilha musicalmente.

Em 1976, Lennie Hibbert foi premiado com uma ordem ao mérito pelas suas colaborações na
música e na sociedade jamaicana.

Chinese Beauty
Tumble Down
Don't Blame Me
Gaiety
Snow Bird
More Creation
Moonlight Becomes You
Go For Yourself
Reggae Rub A Dub
Bigger Bredda
Can't Take My Mind Off You
Montego Rock

Byron Lee & The Dragonaires - Rock Steady Explosion [1968]

Byron Lee, músico e produtor jamaicano, era um visionário. Era o perfeito business man! Sabia exatamente o que fazer com aquele clássico que estourou nas rádios do mundo e fazer versões. Neste álbum, de 1968, ele aproveita o final da era rocksteady para fazer releituras de alguns dos maiores clássicos do gênero!









Napoleon Solo
Baby Be True
Hold Me Tight
Step Ladder
Just Like A River
Whiney Whiney
Pup A Lick
Ride Your Donkey
Nice Time
Music Like Dirt
Why Did You Leave Me
Long Story

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The Morwells - Crab Race [1977]



Essa é a história de um grupo que começou literalmente pequeno, com apenas dois integrantes. Em 1973, Maurice Wellington, mais conhecido como Black Morwell, chamou seu amigo de infância, Eric "Bing Bunny" Lammont, para formar o Morwells.

No ano seguinte, em 1974, o dueto tornou-se um trio com a entrada do ex-membro do Versatiles, Louis Davis. A partir daí,lançaram uma série de sucessos que foram peças importantes para o crescimento do reggae roots na Inglaterra.

Em 1977 o trio tornou-se um quarteto com a entrada de Errol "Flabba" Holt. Nessa formação lançaram os álbuns Cool Runings, de 79, A1 Dub, de 80 e, no ano seguinte, um álbum The Best Of que marcaria o fim do grupo. Errol Holt e Bingu Bunny formaram o Roots Radics, e Black Morwell continuou no comando de seu próprio selo Morwell Esquire até 2000, ano em que faleceu de câncer.



Baby We Did You Leave Me To Cry
Swing & Dine
Reality
Come On Little Girl
You Got To Be Holy
Movie Star
Got To Find Somewhere To Live
Bit By Bit
Give Me Power
Music Is So Divine
See Me Again
Crab Race

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Marcia Griffiths - Sweet Bitter Love [1974]


A imperatriz do reggae e nada menos! E não somos nem nós, da You&me, que dissemos isso!

O título foi dado a ela em 2002, pelo Primeiro Ministro da Jamaica, em meio a comemoração dos 40 anos de independência da ilha, que nesta semana completa cinquenta anos! Detalhe que dois anos depois disso, ela comemorou seus 40 anos de música!

Marcia Griffiths ficou conhecida mesmo quando fez parte do I-Threes, ao lado de Rita Marley e Judy Mowatt. Lendário trio feminino que acompanhou Bob Marley. Mas não foi com o Bob Marley que ela iniciou a carreira.

Começou profissionalmente em 1964, cantando para ninguém menos que Byron Lee. Mas antes disso, Marcia aperfeiçoou seu talento em um coral de uma igreja, como é de praxe para muitos cantores de qualidade!

Se não bastasse apenas o nome da imperatriz do reggae, o álbum tem a produção de Lloyd Charmers, que  faz participações no backing vocal e também toca os dedilhados de piano neste disco.





The First Time I Saw Your Face
Play Me
There's No Me Without You
I'd Rather Be Lonely
Gypsy Man
Sweet Bitter Love
Here I Am Baby
Everything I Own
Green Grasshopper
Children At Play
Marcia Griffiths - Play Me

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Y&M Presents: Bob Marley and The Wailers Rarities Vol. 2

KILLER!!!ESSENTIAL!!!


Falar de Bob Marley sempre é uma tarefa dicil mesmo parecendo a mais fácil do mundo pra muita gente, afinal ele é um dos cantores mais famosos do mundo dono de frases de impacto mais famosas que as de Gandhi(mesmo muitas não sendo dele), um grande pacifista(mesmo a história contando o contrário) e é claro o maior astro da história do reggae e isso sim é incontestável, afinal hoje temos vivos lendas como Jimmy Cliff e Toos Hibert que lotam shows no mundo inteiro, gravam até hoje e mantém uma linda e singular voz mas que devido ao “destino” da música Jamaicana esses monstros sagrados da ilha que tem reconhecimento de artistas que vão de Eric Clapton a Keith Richards ainda são "menores" que Bob Marley.

Sim ele é maior, mesmo morto a mais de 30 anos Marley consegue ser mais popular e imortal que os dois juntos... Porque? Bom, Marley levou a música da Jamaica de uma forma diferente ao mundo e sua “mensagem de paz” que andou na cola de sua carreira durante no mínimo 10 anos(71-81) grudou e ainda vai grudar na mente de muito jovem mundo a fora.

Mas falando assim parece que a musicalidade dele não conta, sim conta e muito! Mas Bob Marley sempre foi um artista muito bem amparado por bons produtores(Coxsone, Vincent Chin, Chris Blackwell, Lee Perry, Harry J. e outros), bons músicos(ele “descolou” simplesmente a dupla mais dinâmica do reggae do fim de 60 composta por Aston&Carlton Barret os irmãos que eram base de grupos como Hippy Boys, Harry J All Stars, Upsetters...), bons companheiros de grupo(Bunny Wailer, Peter Tosh e Rita Marley que estão dentre as melhores vozes de harmonia da Jamaica).

É claro também que fora toda essa “Boa companhia” ele tinha uma genialidade singular, seja como cantor, compositor ou produtor, Bob sempre esteve a par do que acontecia no mundo da música mundial, sempre teve bons “professores” seja o Americano Johnny Nash ou o Jamaicano Joe Higgs, desde o inicio de sua carreira sempre mostrou sua paixão pelo Soul e todos esses fatores somados a sua facilidade em fazer música o elevaram a um status inatingível por nenhum outro.

Nesta coletânea que é uma sequencia nós mostramos um pouco da genialidade de Bob Marley e de seu grupo os Wailers em algumas faixas raras que só foram lançadas em compactos com poucas tiragens ou somente tiragens de amostra ou outras mesmo que só foram lançadas muitos anos após a sua gravação e que passou anos perdida.

Nas 25 faixas que a compõem temos dos primeiros anos do grupo ainda no Ska feito no Studio 1 até obscuras faixas(por sonoridade e não por não serem lançadas) do meio de 70 que soam quase experimentais, alias, experimental é uma palavra ótima pra definir a carreira do grupo afinal os Wailers foram o grupo mais prolifero da história da música Jamaicana ou seja eles também gravaram muita coisa experimental como alguns sons do final de 60 seja Ben Down Low em uma versão cheia de percussões e com um teclado peculiar que acabam dando tom psicodélico a música até as diferentes de 68 como Tread Oh cantada por Bunny Wailer que conta com uma percussão pesadíssima e teclado totalmente fora dos padrões do Rocksteady.

Bunny Wailer por sinal tem destaque nesse numero da coletânea com diversas músicas em que ele foi o vocal principal, desde canções de transição do Ska para o Rocksteady(datadas de 1966) como Rock Sweet Rock ou I Stand Predominate ou na versão original de Pass It On gravada em 1970 ( que tem outra versão no álbum Burnin de 1973) que tem uma linda introdução de metais feita por ninguém menos que Tommy McCook e que só foi lançada em Dubplate e posteriormente ganhou tiragem no selo Salomonic em 1973.

Mas Bob também aparece nesta coletânea que leva seu nome e aparece no melhor estilo James Brown com a raríssima faixa Black Progress ou cantando Soul com sua esposa Rita em uma versão de Hold On This Feeling original de Junior Walker, ainda no Soul temos ele fazendo Long Long Winter de Curtis Mayfield. Marley também canta o sucesso Sugar Sugar do grupo pioneiro do Pop Bubblegum The Archies em uma versão early reggae dos estúdios Randys.

Tosh que no primeiro numero da coletânea teve destaque pelos solos aqui seus únicos numeros solo são na verdade um dueto de 66 com Rita Marley, Making Love(uma das faixas favoritas dos Wailers para o rei King Stitt) e a Reggae bem do inicio do ritmo(datada exatamente em 1970) Soon Come, afinal o destaque para ele aqui vai para as harmonias, a voz grave de Tosh em contaponto com vocais suaves causava uma diferença gigante entre os Wailers e os outros grupos da época uma espécie de trunfo que era usada seja no Ska de Your Love ou em baladas como Where Will i find, baladas que ganharam mais uma vez destaque na coletânea seja elas como um Doo Wop em Where is the Girl for me(lado B do rarissimo compacto Diamond Baby) ou na original versão de Chances Are lançada pelo selo Wail n Soul que é das mais difíceis de se encontrar em compacto atualmente mas não mais dificil que a última faixa dessa coletânea, Just in Time uma balada gospel cantada por Bob Marley e com harmonia das Soulettes(aqui como “Spiritual Sisters) que foi lançada pelo selo Tabernacle de Coxsone, balada em que Bob contradiz a imagem de rasta que o mundo conheceu e louva Jesus como um legitimo e fervoroso Cristão.

Enfim, destaques a parte ou melhor dizendo, observações a parte(afinal destacar algo é impossível de se fazer quando se trata dos Wailers) apresentamos para vocês um apanhado de raridades do imortal Bob Marley e seus fiéis parceiros Os Wailers:

1 - Climb the ladder
2 - Your Love
3 - Another Dance
4 - Making Love
5 - Rock Sweet Rock
6 - Stand Predominate
7 - Tread Oh
8 - Feel All Right
9 - Trouble on the Road Again
10 - Ben Down Low(JAD Cut)
11 - Sugar, Sugar
12 - Hold on to this Feeling
13 - Stand Alone
14 - Long Long Winter
15 - Soon Come
16 - Black Progress
17 - Redder than Red
18 - Reincarnated Souls
19 - Pass it On(First cut)
20 - Satisfy my Soul Jah Jah
21 - Send me that Love
22 - Where will i find
23 - Where is the Girl for Me
24 - Chances Are(Wail N Soul cut)
25 - Just in Time

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PODCAST YOU&ME (BOB MARLEY) - http://youandmeonajamboreedownloads.blogspot.com.br/2012/05/podcast-you-bob-marley.html

Liberators - Enemies are Coming [1979]


O Punk e a música jamaicana têm muito em comum.

Não foi só o Ska e o Skinhead Reggae que cruzaram o oceano para desenvolver o próprio estilo em terras inglesas. 


Após 10 anos da explosão do reggae por lá, a música jamaicana ainda fazia a cabeça dos britânicos. Mas ao contrário dos anos 60, quando  os maiores fãs do gênero eram os jovens de cabeças raspadas e suspensórios, no fim de 70 eram os punks que dançavam ao som de ritmos como o Dub e o Roots. Não é à tôa bandas como Clash aproveitaram para fazer releituras de clássicos como Police and Thieves e Pressure Drop.

Esse apreço pela música jamaicana tem explicação. Além da rebeldia e contestação que havia em ambos os grpos, naquela época, a forma mais comum dos punks ouvirem os sons eram nos shows. Os discos do gênero eram escassos e, durante o intervalo das bandas, a festa era embalada por seleções jamaicanas, principalmente o dub e o reggae.

Foi em uma dessas visitas à Inglaterra que Bob Marley tomou conhecimento do gosto desses punks e criou Punk Reggae Party, gravado por ele sob produção do Lee perry em 1977.

Mas toda essa história é só para falar que esse álbum é um roots pesado produzido na Inglaterra no fim dos anos 70 e que, certamente, já fez a cabeça de alguns jovens rebeldes dessa época.


Enemies Are Coming
Why Can't It Be
Stand Up Right
Never Run Away
Love Your Brother
West Bound Train
Love Is The Answer
Grey Skies
Living In Harmony
Enemies Dub

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Lloyd Willis - Gits Plays Bob Marley's Greatest Hits [1977]


Um prato cheio para quem gosta de Bob Marley e um roots mais voltado para o dub.

Lançado em 1977,  esse disco traz  releituras de alguns dos maiores sucessos do cantor. E diferente das centenas das versões que foram feitos ao longo dos anos, essas tem o toque original do baixista e baterista que participaram de alguns dos trabalhos feitos por Bob Marley. Quem? Os irmãos Barret.


O baterista Carlton Barret e o baixista Aston Barret são os responsáveis pela "cozinha" (baixo e bateria) dos Wailers a partir dos anos 70. Isso sem contar na bagagem que eles já tinham com bandas como Upstters e Hippy Boys. 


Para completar esse time, o organista Leslie Butler e o guitarrista Lloyd Willis, também conhecido Gits e que, na verdade, é a estrela principal deste álbum. Ele trabalhou para grupos como Melodians, Pat Kelly e Mighty Diamonds. 



Get Up Stand Up
Natty Dread
So Jah Say
Concrete Jungle
Road Block
I Shot The Sherif
No Woman No Cry
Lively Up Yourself
Guava Jelly
Soul Rebel

Upper Skank Dub
Dreadful Rock Dub
So Jah Say Dub
Lively Dub
Crying Dub
Guava Jelly Dub
Belly Full Dub
Farewell Dub
Marchel Dub

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Compilation You&Me Presents - Bullet Label (1969-75)

Continuamos a dissecar as labels que fizeram parte do início da música jamaicana. Neste volume, separamos algumas músicas que sairam pelo selo Bullet entre 1969 e 1975.

Não temos a pretensão em dizer que são as melhores e, muito menos as mais clássicas. É apenas um compilado que escolhemos de alguns sons que gostamos ou que não costumam sair em nenhuma compilação ou álbum. Como é o caso da raríssima música de abertura Shubi Ubi, que é mais conhecida pela instrumental African Melody, ambas de Charlie Organaire.



Com cerca de 120 compactos lançados, A Bullet é mais uma das subsidiárias da Pama Records, uma das grandes responsáveis pela popularização do reggae na inglaterra.

Por lá, a gravadora só perdia para a Trojan quando o assunto era fazer a cabeça dos ingleses fissurados pelos ritmos jamaicanos.

Para se ter uma ideia do poder desse mercado, a Pama, em seu início, era uma gravadora direcionada ao mercado Soul. Com o andar da carruagem e a explosão de ritmos jamaicanos entre os britânicos, ela passou também a divulgar ritmos como rocksteady e principalmente o reggae! As subsidiárias foram feitas para cumprir esse papel e cada uma ficou associada a um produtor.

No caso da Bullet, Laurel Aitken é apontado como o maior nome, apesar de não chegar perto do que a Camel representa para Lee Perry ou a Success para Rupie Edwards, por exemplo.

Para saber mais sobre a Bullet, fizemos um podcast especial sobre essa label! Clique Aqui!

01 - CharleyOrganaire - ShubiUbi-AfricanMelody
02 - Cimarons - LeaveALittleLove
03 - Cornell Campbell - Didnt I
04 - Tennors - FestivalKnocks
05 - Nora Dean - Peace Begins With
06 - Lloyd Jones - Rome
07 - LloydTerrell - Oh Me Oh My
08 - DennisWalks - ShadyTree
09 - George Williams - No business of yours
10 - Peter Touch - Selassie Seranade
11 - Laurel Aitken-Stupid Married Man
12 - Andys All stars - Banjo Serenade
13 - Viceroys - FancyCloth
14 - SolomonJones - BeStrong
15 - Bob Marley And The Wailers - Craven Choke Puppy
16 - Freddie McKay - Go On This Way
17 - Ebony Sisters - Let Me Tell You Boy
18 - Fabions - VRocket
19 - Kingstonians - Yesterday
20 - Three Tops - Take Time Out
21 - Cimarons - CallMe
22 - Cimarons - Call Me Part2
23 - Upsetters - All Combine Part One
24 - Upsetters - All Combine Part Two

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You&Me Bak to '69 Vol.4 - Rare Skinhead Reggae


Pode se dizer que todo Skinhead Reggae é Early Reggae, mas nem todo Early Reggae é Skinhead Reggae. Não basta ter sido gravado no final de 1968 pós-rocksteady e com shuffle clássico da guitarra. São muitas coisas fazem um som ser “skinhead”.

Skinhead Reggae é um rico gênero com diversas subdivisões escondidas. Em sua forma mais primitiva, o reggae foi criado por um senhor jamaicano chamado Toots Hibbert em 1968. Mas a história é bem mais complexa que isso. foi só no ano seguinte, e em outro lugar, foi que tudo aconteceu.

O boom do genêro aconteceu na Inglaterra em 1969, ano que o ritmo se consolidou. A maioria das gravações, e, com certeza as melhores, saíram esse ano. [Leia Mais]

01 - Carlton Alphonso - Belittle Me
02 - Inspirations - Love oh Love
03 - Lloyd Douglas - Anyway
04 - Junior Byles & the Versatiles - Let Me Through (Mr. Gateman)
05 - George Dekker - Foey Man
06 - The Cats - What Can I Do
07 - Owen Gray - No More
08 - The Itals - Oh Lord
09 - Rupie Edwards - Uncertain Love
10 - Kingstonians - I Am Just A Minstrel
11 - Versatiles - Push it on
12 - Don Tony Lee - Peyton Place
13 - The Ravers - Badam Bam
14 - George Lee - Talking Boss
15 - Gloria's All Stars - Newsroom
16 - The Rudies - Theme From 'She'
17 - The Sensations - Going in Circles
18 - Winston Groovy - Work It Up
19 - Gladstone Adams - Dollars and Cents (BONUS)

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You & Me On A Country Jamboree Vol.1 (Country Reggae Compilation 1968-78)


**Português

Vamos voltar no tempo. Especificamente ao século XIX. A Jamaica toda se divide basicamente em diversos latifúndios e seus donos, ou seja, a aristocracia inglesa branca. Sob o sol escaldante do caribe, entre as plantações de cana-de-açúcar, banana, etc, milhares de escravos cantavam para que as horas de intenso labor fossem menos severas. A entonação vocal era única.



Uma distorção nasal exótica e ao mesmo tempo bela, que revela nada mais, nada menos, que a tentativa de continuação de culturas ancestrais milenares em uma terra estranha. Com o passar dos anos, e a fusão cultural entre a cultura negra e inglesa, surge o mento, que durante boa parte do século XX vai representar a produção musical jamaicana.

Esses “caipiras” conseguiram até um certo sucesso, mesmo servindo de “bicho de zoológico” para grandes companhias de Hotéis onde se apresentavam. Com a década de 60, e a avalanche cultural e o orgasmo musical que Kingston sofreu, essa vertente mais “rústica” da música jamaicana ficou sob segundo plano. Muitos tentaram uma carreira musical na capital, mas esbarraram em “exigências técnicas”, principalmente das gravadoras inglesas.

É bom lembrar que na Jamaica, o termo “Quashie”, ou seja, “caipira”, tem um sentido pejorativo fortíssimo. Poucos foram os produtores que acreditaram no “country reggae” e consequentemente, raras são as gravações desse estilo. Nessa coletânea, boa parte das músicas jamais fora lançada em LP, muito menos CD.

Aliás, peço perdão pelo “chiado” de algumas músicas. Nessa compilação consta alguns raros exemplos dessa distorção nasal descendente da musicalidade africana, como em “Babylon Wrong”, um raro B-Side de Aston “Peanuts” Davis. Vale lembrar que só existem duas músicas conhecidas desse sujeito.

O lado A e o B de um compacto de 7 polegadas. O lado A é simplesmente Jailhouse Yodel, na minha humilde opnião, uma das músicas mais lindas que a Jamaica nos deu. Conhecida no triumvirato do roots (São Luís-Belém-Fortaleza) como Melô de Catuaba. Estão presentes também 4 músicas da dupla Prince Brothers, que chegou a ser produzida por Mrs. Sonia Pottinger. Com “Charmaine”, ou o Melô de Macumbeiro, os Irmão Prince se tornaram famosos em alguns lugares, mesmo sem ter idéia de tal fama.

Definitivamente, clássicos do “country reggae” (termo criado pelo colecionador e dj Cabeça de Leão, fora do Brasil, existem outras denominações, como reggaemento entre outras). Estão presentes tambem algumas músicas de cantores que foram influenciados pelo estilo. Watty Burnett (o mesmo King Burnett), que hoje canta com os Congos.

Max Romeo regravando um calypso em forma de “pedra”. E ainda um raro som de Judge Dread, com a clara influencia do country no ritmo. Fora isso, é preciso notar que, mesmo que muitos cantores não tenham gravado country, a musicalidade do interior da jamaica é visível no trabalho de muita gente. Quando um (até então) pintor de paredes de Kent Village resolveu subir no palco de um dos muitos festivais da Jamaica, foi recebido com insultos, como: “Cai fora, caipira”.

Conta-se que, na segunda metade da música Cherry Oh Baby, Eric Donaldson já estava sendo aplaudido de pé, vindo a ser vencedor do festival. A voz única, logicamente foi um fator essencial. Eu poderia citar varios outros, Leonard Dillon (Ethiopian), Maytones, Jackie Brown, etc. Resumindo: existe um universo de música e cultura além daquilo que uma prateleira européia pode mostrar.


ENGLISH:

Let’s go back in the time. Let’s go back to XIX Century. Jamaica divides itself basicaly in large states and their owners, the white british aristocracy.

Below the hot caribbean sun, between the sugar cane and banana plantations, millions of slaves sang to make the hours of the exhausting work less severe.

The vocal entonation was unique. An exotic nasal distortion, beautiful at the same time, that reveals nothing more, nothing less than the continuation of trying to keep the ancient cultures alive in another land.

Passing the years by and with the cultural mixture between the white and the black culture, it’s created the Mento, that during this part of XX Century could represent the Jamaican musical production.

Those “Rednecks” achieved a certain success, even being a “zoo animal” for the major hotel companies where they used to play. By the 60’s, the cultural avalanche and the musical orgasm Kingston had suffered this more “rustic” kind of Jamaican music was on the second plan.

Many tried to make a carrier in the city but the “technical requirements” at the major labels were certainly a big problem. It’s good to remember that in Jamaica, the term “Quashie”, the same as “Redneck” or “caipira” has a huge pejorative meaning.

Just a few producers believed in “Country Reggae” and, consequently, the recordings of that time are very rare. In this compilation, many of the songs were not released ever by LP in anytime.

01 - Carl Dobson - Whoopin mama
02 - Stanley beckford and the turbines - kingston girl
03 - The Ewartonians - Expressing My Feelings
04 - Prince Brothers - Charmaine
05 - Lord Flowers - Pudding Pan
06 - Naaman Lee - Sweeter Than Sugar
07 - John Snowball - Buggy And Horse
08 - Ranchie mclean - country dreadlocks
09 - Green And Hodge - Green Bananas10 - Charlie Ace And Sticky - Penny Reel
11 - Aston (Peanuts) Davis - JailHouse Yodel
12 - Black Hunters - Brillcream
13 - prince brothers - sweet jamaica
14 - Prince Brothers - Let Them Play
15 - Prince Brothers - Ram Jam
16 - The General - Revolutionary Dreadlocks
17 - Astley Dixon (As Stage Lion) - Romping In My Room
18 - Aston (peanuts) davis - babylon wrong
19 - Easton Clarke - Mass Charles
20 - Jackie Brown - Wet Baggy
21 - Turnell McComarck and The Cordells - Irie Festival
22 - Watty Burnett - Dash It Pon Him
23 - Max Romeo - Jamaica God Bless You (BONUS)
24 - Judge dread - Trenchtown billy (BONUS)

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You & Me On A Country Jamboree Vol. 2


Em 2007, o renomado selo Trojan lançou uma box com o título “Country Reggae Box Set”. O problema é que a compilação não traz as músicas que os “quashies” jamaicanos interpretavam, e sim, na maioria dos casos, uma interpretação jamaicana do Country americano, que chegava à ilha via rádio, bem como o Soul.

Já a nossa coletânea (que não visa lucro algum), procura desvendar aquilo que não foi anunciado no rádio com entusiasmo, aquilo que não foi posto na TV, num dia de domingo, sobre o sorriso comprado de dançarinas de palco, aquilo que (felizmente, talvez), foi descartado pela indústria milionária da música e posto num arquivo enferrujado chamado “trash”. Para quem pediu, apresento mais três gravações da dupla Prince Brothers, trazendo versões para clássicos do Mento, como “Gal and Boy”, um remake de “Manuel Road”. E por falar em versão, o ex-baixista de Peter Tosh, George “Fully” Fullwood aparece cantando uma antiga e popular canção chamada “Rucumbine”, um clássico do que poderíamos chamar de MPJ (música popular jamaicana). Quem já estava acostumado com a voz desafinada dos caipiras, pode ver, agora,alguns exemplos de Country Reggae cantado por elas. Com Sister Bell (infelizmente só se conhece essa música dela) temos Guideline 74, uma típica música das competições musicais nos “Festivals” pela Jamaica. Lynthia Cooper, da qual não sabemos nada a respeito, traz um clássico das radiolas do Norte/Nordeste do Brasil, Three Minute Man, composta por Max Romeo. Mas o destaque, desta vez, fica para Stanley Beckford, líder e formador original dos Starlights e The Turbines, que faleceu no dia 30 de abril de 2007, por complicações de um câncer estomacal. Stanley, que já veio algumas vezes ao Brasil, era particularmente famoso no “triumvirato do roots” brasileiro (São Luís, Belém e Fortaleza), além de Salvador e outras cidades. A coletânea traz músicas raras,

que não foram lançadas pelo selo Heartbeat no cd “Soldering”, incluindo uma em que Stanley aparece como Bellfield, numa produção de Alvin Ranglin. De bônus, a compilação traz ainda uma versão de 1978 de Whooping Mama, de Carl Dobson (a faixa de abertura do CD vol. 1), com produção de Joe Gibbs.Fora isso, é preciso notar que, mesmo que muitos cantores não tenham gravado country, a musicalidade do interior da jamaica é visível no trabalho de muita gente. Quando um (até então) pintor de paredes de Kent Village resolveu subir no palco de um dos muitos festivais da Jamaica, foi recebido com insultos, como: “Cai fora, caipira”. Conta-se que, na

segunda metade da música Cherry Oh Baby, Eric Donaldson já estava sendo aplaudido de pé, vindo a ser vencedor do festival. A voz única, logicamente foi um fator essencial. Eu poderia citar varios outros, Leonard Dillon (Ethiopian), Maytones, Jackie Brown, etc. Resumindo: existe um universo de música e cultura além daquilo que uma prateleira européia pode mostrar.

Dj CanutoLion

01 - Stanley Beckford - Ina Mi Time
02 - The Black Brothers - The Donkey Bray
03 - The Prince Brothers - A Fe Me Something
04 - Calypso Joe - Adults Only
05 - The Starlights - Mr Walker
06 - Easton Clarke - Bike No License
07 - George Fullwood - Rucumbine
08 - Naaman Lee - English Woman
09 - Sister Bell - Guideline 74
10 - Bellfield (aka Stanley Beckford) - How You Gonna Get Control
11 - Milton Hamilton & The Classics - Long Long Road
12 - Lynthia Cooper - Three Minutes Man
13 - The Prince Brothers - Gal & Boy
14 - Mellow Lads - Back & Belly
15 - Stanley Beckford (As Starlites) - Faithfull Wife
16 - Billy Dice - Jamaica Will Wear A Crown
17 - The Prince Brothers - Man In Your Life
18 - Mister Flowers - Long Time Daughter
19 - (Bonus) - The Man Ezeke - Love Jamaica
20 - (Bonus) - Carl Dobson and The Liberals - Whoping Mama (Version 2)

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Hot Rod All Stars & Friends - You&Me Presents [196x]


Hot Rod All Stars, A.K.A Cimarons, um dos maiores nomes do Skinhead Reggae.

Apesar do gênero ser um sinônimo de Early Reggae, podemos identificar alguns elementos que tornam o termo mais evidente.

A começar, é claro, pelas temáticas feitas especialmente para o público Skinhead, como é o caso das músicas Skinhead Moondust, Skinheads speaks his mind, Skinheads don’t fear. além disso, temos também a forte pegada do reggae feito para os ingleses, com o ritmo mais “quebrado” e agressivo, como pode ser observado na música “AGGRO”, termo usado para se referir a violência.

O grupo era a mesma formação do Cimarons. Mas nçao não tem nenhum álbum lançado sob o nome de Hot Rod All Stars, apenas compactos de época compilados em algumas coleções. Por isso, resolvemos reunir esses sons para facilitar o acesso para essas pérolas que retratam o início do reggae, em sua forma mais nua e crua. O Skinhead Reggae.

01- Nevillle Hinds - The Originator
02- The Bovver Boys - Aggro
03- Hot Rod All Stars - Psychedelic birds
04 - Hot Rod All Stars - Virgin Soldiers
05 - Hot Rod All Stars - Pussy Got Nine Life
06 - Hot Rod All Stars - Skinhead Moondust
07- Hot Rod All Stars - Skinhead speaks his mind
08- Hot Rod All Stars- Skinheads dont fear
09- Hot Rod All Stars - Return Of The Bad Man
10 - Hot Rod All Stars - A Fistfull of Dollars
11- Hot Rod All Stars - 10 commandments from the devil
12 - Hot Rod All Stars - Lick it Back (Boss Sound)
13- Hot Rod All Stars - The Longest Day
14- Hot Rod All Stars - Shocks Of A Drugs Man
15- Hot rod All Stars - Moonhop in London
16- Rupie Edward All Stars - Revenge Of Clint Eastwood
17- Des All Stars - Black Scorcher
18- Rupie Martins All Stars- Super Lotus

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You & Me Presents: Early Roots Reggae


Dentro do Reggae existem vários subgêneros que nos ajudam a diferenciar cada ‘pegada’ específica de som.
Nessa coletânea vocês vão ouvir o Early do Roots, ou seja, o início do Roots Reggae no comecinho dos anos 70 até a metade da década, muito apreciado no Maranhão, a ‘Jamaica Brasileira’.
Batizamos esse estilo de som como ‘Early Roots’ só pra diferenciar dos demais subgêneros, porém aí no meio vocês vão encontrar alguns sons que podem ser classificados como Lovers também que se encaixam como Early Roots. Mas aqui tudo é Reggae, então chega de texto, põem o capacete e escuta uma hora só de PEEEEDRAS!

01 - Hubert Lee - Something On Your Mind
02 - George Ferris - With Every Dream
03 - Delroy Wilson - Closer Together
04 - Donovan Carles - Be Thankful
05 - The Willows - A Me No Trouble You
06 - James Brown - Dont Say
07 - Patrick Alley - You’re All I Need
08 - Jimmy London - Till I Kissed You
09 - Loyd Armstrong - I Think God For You
10 - John Holt - My Desire
11 - Pioneers - Warm And Tender Love
12 - Claudette Miller - Tonight Is The Night
13 - Barbara Jones - Come And Get Some
14 - Sharon Forrester - Silly Wasn’t I
15 - Carol Brown - Touch Me Baby (Reaching Out For Your Love)
16 - The Morwells - Baby Why Did You Leave Me To Cry
17 - Delroy Williams - Red, Gold And Green
18 - Peter Scarlett & Fabulous Five - Sweet P
19 - Jimmy London - Back Row At The Movies
20 - Heptones - God Bless Whoever Sent You
21 - Veronica Adams - Keep It In The Family
22 - Delroy Williams - Lets Be People
23 - Lloyd Parks - Kung Fu Fighting

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